segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Sistema Cardiovascular

A veia é formada pelo esfíncter muscular e há dois ou três folhetos. Na parte interna da veia há uma camada de músculo delicado, mas essa camada é fina e as veias são válvulas frágeis com ventos fracos. As veias entre as paredes são menos elásticas e mais finas que as artérias, embora tenham três camadas. A artéria é o corpo dos vasos que transportam o sangue do coração para o corpo para transportar os capilares do corpo. As artérias são membranosas, condutas elásticas, com ramificações divergentes, responsáveis por distribuir pelo organismo o sangue expelido das cavidades ventriculares do coração em cada sístole.

 





Veia em aumento de 40x, corada por Rosenfeld. As setas apontam o endotélio. As células musculares lisas estão delimitadas por círculos. Em 1, observa-se a túnica adventícia.


A imagem mostra uma veia de médio calibre com valvas (ou válvulas). Alude-se que as veias de médio calibre possuem menos de 1 cm de diâmetro


struturas macroscópicas dos folhetos. a - valva está aberta, demonstrando as estruturas dos folhetos. valva aórtica, observa-se os orifícios de Saída das coronárias. b - valva está fechada, com a presença dos três folhetos, onde encontram tem-se os nódulos de Arantius. setas – regiões das comissuras.


Todos os vasos sanguíneos acima de um certo calibre apresentam um plano geral comum de construção. De um modo geral, um vaso sanguíneo apresenta as seguintes camadas constituintes:

                    

             
                           

a) Túnica íntima;
b) Túnica média;
c) Túnica adventícia;
d) Vasa Vasorum;

a) Túnica Íntima: é constituída por:
1. Uma camada de células achatadas (células endoteliais), revestindo internamente o vaso; caracterizando o epitélio simples pavimentoso, chamado de endotélio.
2. Um delicado estrato subendotelial constituído por tecido conjuntivo frouxo;
3. Lâmina elástica interna, o qual é o componente mais interno da íntima, constituída principalmente de elastina, possui aberturas (fenestras que permitem a difusão de substancias para nutrir células situadas mais profundamente na parede do vaso. Devido a contração do vaso, esta membrana geralmente se apresenta em corte, com seu trajeto ondulado e sinuoso.

b) Túnica Média:
Formada principalmente por camadas concêntricas de células musculares lisas helicoidalmente. Interpostas entre as células musculares lisas existem quantidades variáveis de lâminas elásticas, fibras reticulares (colágeno tipo III), proteoglicanas e glicoproteínas. As células musculares lisas são as responsáveis pela produção destas moléculas da matriz extracelular. Em artérias, a túnica média possui uma lâmina elástica externa mais delgada que separa esta da túnica adventícia.

c) Túnica Adventícia:
Constituída por tecido conjuntivo frouxo. A camada adventícia torna-se gradualmente contínua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o vaso sanguíneo está passando.

d) Vasa Vasorum: 
Vasos grandes normalmente possuem vasa vasorum que são arteríolas, capilares, e vênulas que se ramificam profusamente na adventícia e na porção externa da média. Os vasa vasorum provêem a adventícia e a média de metabólitos, uma vez que em vasos maiores as camadas são muito espessas para serem nutridas somente por difusão a partir do sangue na luz. Vasa vasorum são mais frequentes em veias que em artérias. Em artérias de diâmetro intermediário e grande, a íntima e a região mais interna da média são destituídas de vasa vasorum. Estas camadas recebem oxigênio e nutrição por difusão do sangue que circula na luz do vaso.

- A diferença morfológica entre elas está basicamente na conformação estrutural das 3 túnicas. 


                                                      

                                                              H&E, Obj 40x 

 

-Vasos sanguíneos  




 

Os vasos arteriais de pequeno calibre se ramificam em arteríolas, importantes componentes para o controle de distribuição do sangue e de controle e regulação da pressão arterial. O segmento dos vasos sanguíneos que compreende as arteríolas, os capilares sanguíneos e as vênulas constitui a chamada microcirculação. Estas últimas representam o segmento inicial da circulação venosa.


Arteríolas
Além de serem mais delgadas que as artérias de pequeno calibre, as arteríolas possuem várias características peculiares que permitem distingui-las das artérias.
As principais características histológicas das arteríolas residem em sua túnica média:
1 – formada por 3 – 4 camadas de fibras musculares lisas;
2 – proporcionalmente muito espessa em relação ao diâmetro externo do vaso e ao diâmetro do seu lúmen.
Nas artérias, por outro lado, a camada média é proporcionalmente mais delgada, quando comparada com o calibre externo e diâmetro do lúmen.

A túnica íntima das arteríolas é delgada e formada por uma camada de células endoteliais. A adventícia é muito delgada ou inexistente.

Capilares sanguíneos

A progressiva simplificação das túnicas à medida que as artérias se ramificam, chega ao máximo nos capilares.
Os capilares são os vasos menos calibrosos do sistema circulatório sanguíneo. São formados por uma camada de células endoteliais apoiadas sobre uma lâmina basal. Seus diâmetros dependem da proximidade maior ou menor da arteríola de onde se originaram. O diâmetro do lúmen dos capilares mais delgados corresponde aproximadamente ao diâmetro de uma hemácia (7 μm).
Quanto à presença de fenestrações em sua parede, os capilares sanguíneos são classificados em contínuos ou fenestrados, características que não podem ser distinguidas em cortes. Uma terceira categoria de capilares sanguíneos são os capilares sinusoides. São vasos de diâmetro muito maior que os capilares comuns e de trajeto irregular, presentes em alguns órgãos, como p. ex. fígado, baço e medula óssea hematogênica.

Com certa frequência se observa em cortes histológicos que os capilares sanguíneos são parcialmente envolvidos por células denominadas células adventiciais de capilares ou pericitos.

Vênulas

A parede das vênulas é muito delgada e o lúmen bastante amplo. As primeiras vênulas (que se seguem aos capilares, também denominadas vênulas pós-capilares) são formadas apenas por uma túnica íntima composta de células endoteliais apoiadas sobre uma lâmina basal. Em vênulas mais calibrosas começa a ser observada uma túnica média. O perfil das vênulas e do seu lúmen é frequentemente mais irregular que o das arteríolas com quem formam pares.


- Coração 

As valvas (válvulas) do coração são úteis ao sistema cardiovascular ao controlar a direção do fluxo sanguíneo durante a circulação, e determinar o momento exato no qual o sangue passa entre as câmaras do coração, bem como para dentro e fora do órgão. Existem duas valvas atrioventriculares que separam os átrios (aurículas) esquerdo e direito de seus respectivos ventrículos, e duas valvas semilunares que controlam a liberação do sangue designado para os pulmões e para a aorta, deixando o coração. As veias possuem ainda pequenas válvulas em seu interior, que ajudam a empurrar o sangue mais lento de volta ao longo dos tecidos, para os grandes vasos cardíacos conhecidos como veias cava superior e inferior.



A abertura e o fechamento das valvas é governado pelo gradiente de pressão ao longo das próprias valvas, e o primeiro som cardíaco pode ser escutado quando as valvas atrioventriculares se fecham. A primeira das duas valvas atrioventriculares é conhecida como valva mitral ou valva bicúspide, devido ao fato de ser constituída de duas cúspides, que juntas assumem a forma de um chapéu de bispo, que é chamado de mitre. Ela está situada entre o átrio e o ventrículo esquerdos. 







valva tricúspide possui uma cúspide anterior, uma posterior e uma septal. Por fim, a valva mitral possui uma cúspide anterior e uma posterior. As cúspides  são nomeadas de acordo com a sua posição, então é importante mencionar a valva a que se faz referência, e não somente as suas cúspides individuais, para evitar confusões.    




Fontes:

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Derme, Epiderme, Hipoderme, Anexos


Epiderme da pele delgada:

Camada basal: Mais interna, próxima ao tecido conjuntivo (derme), sendo composta por uma única camada de células cúbicas (ou prismáticas), basófilas e de núcleo grande. Possui uma menor quantidade de citoplasma e é rica em células-tronco, conhecida como camada germinativa.

Camada espinhosa: A camada espinhosa é formada por fileiras de células cubóides, com núcleo central e pequenas expansões no citoplasma que dá o aspecto espinhoso.

Camada granulosa: Apresenta 3 a 5 fileiras de células achatadas e cheias de grânulos.

Camada córnea: Mais externa, constituída de células mortas achatadas e sem núcleo, com citoplasma cheio de queratina.


Constituição da epiderme da pele delgada

Fonte: https://bit.ly/3BAnhPw


Camada basal (B)

Camada espinhosa (E)

Camada granulosa (G)

Camada córnea (C)   


Epiderme da pele espessa

A epiderme da pele espessa possui as mesmas camadas da pele delgada, com o acréscimo de mais uma camada chamada camada lúcida, sendo esta delgada com células achatadas e  translúcidas cujos núcleo e organelas já foram digeridas pelo lisossomos e sumiram, além de possuir citoplasma rico filamentos de queratina.

Constituição da epiderme da pele espessa

                                               Fonte: https://bit.ly/3lueBEX


Constituição da epiderme da pele espessa

                                                Fonte: https://bit.ly/3mH2hR7




Derme:

A derme é subdividida em:

Derme papilar: que corresponde às papilas dérmicas e é constituída por tecido conjuntivo frouxo.

Derme reticular: Compõe a maior parte da derme, e é constituída de tecido conjuntivo denso não modelado. 


Descrição da derme e suas camadas

Fonte: https://bit.ly/3mMUhhm



Hipoderme

 

(hipoderme)


  • Também chamado de tecido subcutâneo, é formado por tecido conjuntivo frouxo. É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre estruturas na qual se apoia. Dependendo do grau e nutrição do organismo, o hipoderme poderá ter uma camada variável de tecido adiposo que, quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo. O panículo adiposo proporciona proteção contra o frio. 

  • A hipoderme é rica em células que armazenam gordura (adipócito) e tem como função principal a reserva energética, proteção contra choque mecânico e isolante térmico. 

  • Camadas da pele e localização da hipoderme


  • Os principais tecidos que formam a hipoderme são o adiposo e o conjuntivo frouxo vascularizado.


  • Tecido adiposo:

(tecido adiposo)


O tecido conjuntivo frouxo: É um tecido delicado, flexível, bem vascularizado e não muito resistente a trações sendo o mais comum dos tecidos conjuntivos e possui a maior distribuição no organismo. É ele quem preenche os espaços entre a fibras e feixes musculares, serve de apoio ao tecido epitelial, apoia e nutre as células epiteliais, envolve nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, reveste as cavidades peritoneais e pleurais. Este tipo de tecido faz parte da estrutura de diversos órgãos, tem grande importância no isolamento de infecções e está intimamente associado ao processo de cicatrização.






ESTRUTURAS ANEXAS


Pêlos: 

Os pêlos são estruturas delgadas queratinizadas que se desenvolvem a partir de uma invaginação da epiderme, o folículo piloso, que, no pêlo de crescimento, apresenta-se com uma dilatação terminal, o bulbo piloso, em cujo centro observa-se uma papila dérmica. As células que recobrem esta papila forma a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pêlo. No bulbo observam-se células-tronco- queratinócitos clonogênicos– responsáveis por originar a haste do pêlo, novos queratinócitos da epiderme e as glândulas sebáceas, em respostas a sinais morfogenéticos.

Na fase de crescimento, as células da raiz multiplicam-se e diferenciam-se: 

As células centrais da raiz produzem células grandes, vacuolizadas e fracamente queratinizadas, que formam a medula do pêlo; 

Ao redor da medula diferenciam-se células mais queratinizadas e dispostas compactamente, formando o córtex do pêlo; 

Das células mais periféricas surge a cutícula do pêlo que apresenta grupos de células fortemente queratinizadas, envolvendo o córtex como escamas; 

Por último, as células epiteliais mais periféricas originam duas bainhas envolvendo o eixo do pêlo na sua porção inicial. A bainha externa continua-se com o epitélio da epiderme, enquanto a interna desaparece na altura da região onde desembocam as glândulas sebáceas no folículo. Há também a membrana vítrea que deve ser uma membrana basal muito desenvolvida, deve-se lembrar também do conjuntivo que envolve o folículo e apresenta-se mais espesso, recebendo o nome de bainha conjuntiva do folículo piloso. 

Há na derme feixes de músculo liso dispostos obliquamente, que se inserem de um lado na bainha conjuntiva do folículo e do outro na camada papilar da derme. A contração desses músculos promove o eriçamento do pêlo, recebendo o nome de músculo eretor do pêlo. A pigmentação deve-se à presença de melanócitos, entre a papila e o epitélio da raiz do pêlo. 



O folículo piloso:


Fase de crescimento do pelo:


Unhas: 

São placas córneas (queratina) que se dispõem na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos e artelhos. A superfície da falange que é recoberta pela unha, recebe o nome de leito ungueal. A porção proximal é chamada raiz da unha ou matriz. É na raiz da unha que se observa a sua formação, graças a um processo de proliferação de células epiteliais, que gradualmente se queratinizam, formando uma placa córnea. A camada córnea desse epitélio forma a cutícula da unha. A unha é constituída essencialmente por escamas córneas compactas, fortemente aderidas umas às outras. Elas crescem no sentido distal dos membros, deslizando sobre o leito ungueal, que tem estrutura típica de pele e não participa da formação da unha. 

Origem embriológica da unha:  

Assim como o pêlo, a unha é formada por uma invaginação da epiderme para a derme. Desta forma, tem origem ectodérmica – uma origem “nobre”, pois o SNC também origina-se de uma invaginação da ectoderme. 


Estrutura da unha:



Glândulas sebáceas: 

Situam-se na derme e seus ductos geralmente desembocam na porção terminal dos folículos pilosos. Na palma da mão e na sola do pé não há glândulas sebáceas, pois não apresentam pêlos. 

São alveolares e geralmente vários alvéolos desembocam em um ducto curto. Esses alvéolos são formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas. 

A atividade dessas glândulas é influenciada por hormônios sexuais.

 



Glândulas sudoríparas: 

Merócrina:  

São aquelas cujo produto de secreção é secretado isoladamente, sem partes da célula. São glândulas do tipo simples, tubulosa, enovelada. Sua porção secretora localiza-se profundamente na derme ou superiormente na hipoderme. O ducto da glândula abre-se na superfície da pele e segue um curso em hélice ao atravessar a epiderme. Distribuem-se por toda superfície do corpo, exceto em alguns locais com lábios e genitália externa, e não estão associadas a folículos pilosos. 

Na porção glandular estão presentes 3 tipos de células: mioepiteliais, clara e escura. As células escuras são adjacentes ao lúmen e as claras ficam entre as células escuras e as mioepiteliais. O ápice das células escuras apresentam muitos grânulos de secreção contendo glicoproteínas, e o citoplasma rico em retículo endoplasmático rugoso. As células claras não contêm grânulos de secreção e são pobres em retículo endoplasmático rugoso, mas contém muitas mitocôndrias. 

O ducto da glândula sudorípara é constituído por epitélio cúbico estratificado. Suas células são menores e aparecem mais escuras que as células da porção secretora. 

Apócrina:  

São aquelas cujo produto de secreção é secretado juntamente com porções do citoplasma apical das células que as constituem. Encontram-se na axila, aréola e mamilo da glândula mamária, na região perineal, em associação com a genitália externa, glândula ceruminosa do canal auditivo e glândula de Moll das pálpebras. 

Desenvolvem-se a partir da mesma invaginação da epiderme que dá origem aos folículos pilosos acima da abertura das glândulas sebáceas. 

As glândulas sudoríparas são inervadas pela porção simpática do sistema nervoso autônomo (merócrinas respondem ao calor e pressão nervosa; apócrinas respondem a estímulos emocionais e sensoriais, mas não ao calor). 





Fontes: https://www.sanarmed.com/resumo-anatomia-da-pele-epiderme-derme-e-hipoderme-colunistas

https://bit.ly/3BAnhPw

https://bit.ly/3mH2hR7

https://bit.ly/3mMUhhm

https://www.todamateria.com.br/hipoderme/

https://bit.ly/3lueBEX

https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/pele-e-anexos/



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