terça-feira, 12 de outubro de 2021

Derme, Epiderme, Hipoderme, Anexos


Epiderme da pele delgada:

Camada basal: Mais interna, próxima ao tecido conjuntivo (derme), sendo composta por uma única camada de células cúbicas (ou prismáticas), basófilas e de núcleo grande. Possui uma menor quantidade de citoplasma e é rica em células-tronco, conhecida como camada germinativa.

Camada espinhosa: A camada espinhosa é formada por fileiras de células cubóides, com núcleo central e pequenas expansões no citoplasma que dá o aspecto espinhoso.

Camada granulosa: Apresenta 3 a 5 fileiras de células achatadas e cheias de grânulos.

Camada córnea: Mais externa, constituída de células mortas achatadas e sem núcleo, com citoplasma cheio de queratina.


Constituição da epiderme da pele delgada

Fonte: https://bit.ly/3BAnhPw


Camada basal (B)

Camada espinhosa (E)

Camada granulosa (G)

Camada córnea (C)   


Epiderme da pele espessa

A epiderme da pele espessa possui as mesmas camadas da pele delgada, com o acréscimo de mais uma camada chamada camada lúcida, sendo esta delgada com células achatadas e  translúcidas cujos núcleo e organelas já foram digeridas pelo lisossomos e sumiram, além de possuir citoplasma rico filamentos de queratina.

Constituição da epiderme da pele espessa

                                               Fonte: https://bit.ly/3lueBEX


Constituição da epiderme da pele espessa

                                                Fonte: https://bit.ly/3mH2hR7




Derme:

A derme é subdividida em:

Derme papilar: que corresponde às papilas dérmicas e é constituída por tecido conjuntivo frouxo.

Derme reticular: Compõe a maior parte da derme, e é constituída de tecido conjuntivo denso não modelado. 


Descrição da derme e suas camadas

Fonte: https://bit.ly/3mMUhhm



Hipoderme

 

(hipoderme)


  • Também chamado de tecido subcutâneo, é formado por tecido conjuntivo frouxo. É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre estruturas na qual se apoia. Dependendo do grau e nutrição do organismo, o hipoderme poderá ter uma camada variável de tecido adiposo que, quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo. O panículo adiposo proporciona proteção contra o frio. 

  • A hipoderme é rica em células que armazenam gordura (adipócito) e tem como função principal a reserva energética, proteção contra choque mecânico e isolante térmico. 

  • Camadas da pele e localização da hipoderme


  • Os principais tecidos que formam a hipoderme são o adiposo e o conjuntivo frouxo vascularizado.


  • Tecido adiposo:

(tecido adiposo)


O tecido conjuntivo frouxo: É um tecido delicado, flexível, bem vascularizado e não muito resistente a trações sendo o mais comum dos tecidos conjuntivos e possui a maior distribuição no organismo. É ele quem preenche os espaços entre a fibras e feixes musculares, serve de apoio ao tecido epitelial, apoia e nutre as células epiteliais, envolve nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, reveste as cavidades peritoneais e pleurais. Este tipo de tecido faz parte da estrutura de diversos órgãos, tem grande importância no isolamento de infecções e está intimamente associado ao processo de cicatrização.






ESTRUTURAS ANEXAS


Pêlos: 

Os pêlos são estruturas delgadas queratinizadas que se desenvolvem a partir de uma invaginação da epiderme, o folículo piloso, que, no pêlo de crescimento, apresenta-se com uma dilatação terminal, o bulbo piloso, em cujo centro observa-se uma papila dérmica. As células que recobrem esta papila forma a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pêlo. No bulbo observam-se células-tronco- queratinócitos clonogênicos– responsáveis por originar a haste do pêlo, novos queratinócitos da epiderme e as glândulas sebáceas, em respostas a sinais morfogenéticos.

Na fase de crescimento, as células da raiz multiplicam-se e diferenciam-se: 

As células centrais da raiz produzem células grandes, vacuolizadas e fracamente queratinizadas, que formam a medula do pêlo; 

Ao redor da medula diferenciam-se células mais queratinizadas e dispostas compactamente, formando o córtex do pêlo; 

Das células mais periféricas surge a cutícula do pêlo que apresenta grupos de células fortemente queratinizadas, envolvendo o córtex como escamas; 

Por último, as células epiteliais mais periféricas originam duas bainhas envolvendo o eixo do pêlo na sua porção inicial. A bainha externa continua-se com o epitélio da epiderme, enquanto a interna desaparece na altura da região onde desembocam as glândulas sebáceas no folículo. Há também a membrana vítrea que deve ser uma membrana basal muito desenvolvida, deve-se lembrar também do conjuntivo que envolve o folículo e apresenta-se mais espesso, recebendo o nome de bainha conjuntiva do folículo piloso. 

Há na derme feixes de músculo liso dispostos obliquamente, que se inserem de um lado na bainha conjuntiva do folículo e do outro na camada papilar da derme. A contração desses músculos promove o eriçamento do pêlo, recebendo o nome de músculo eretor do pêlo. A pigmentação deve-se à presença de melanócitos, entre a papila e o epitélio da raiz do pêlo. 



O folículo piloso:


Fase de crescimento do pelo:


Unhas: 

São placas córneas (queratina) que se dispõem na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos e artelhos. A superfície da falange que é recoberta pela unha, recebe o nome de leito ungueal. A porção proximal é chamada raiz da unha ou matriz. É na raiz da unha que se observa a sua formação, graças a um processo de proliferação de células epiteliais, que gradualmente se queratinizam, formando uma placa córnea. A camada córnea desse epitélio forma a cutícula da unha. A unha é constituída essencialmente por escamas córneas compactas, fortemente aderidas umas às outras. Elas crescem no sentido distal dos membros, deslizando sobre o leito ungueal, que tem estrutura típica de pele e não participa da formação da unha. 

Origem embriológica da unha:  

Assim como o pêlo, a unha é formada por uma invaginação da epiderme para a derme. Desta forma, tem origem ectodérmica – uma origem “nobre”, pois o SNC também origina-se de uma invaginação da ectoderme. 


Estrutura da unha:



Glândulas sebáceas: 

Situam-se na derme e seus ductos geralmente desembocam na porção terminal dos folículos pilosos. Na palma da mão e na sola do pé não há glândulas sebáceas, pois não apresentam pêlos. 

São alveolares e geralmente vários alvéolos desembocam em um ducto curto. Esses alvéolos são formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas. 

A atividade dessas glândulas é influenciada por hormônios sexuais.

 



Glândulas sudoríparas: 

Merócrina:  

São aquelas cujo produto de secreção é secretado isoladamente, sem partes da célula. São glândulas do tipo simples, tubulosa, enovelada. Sua porção secretora localiza-se profundamente na derme ou superiormente na hipoderme. O ducto da glândula abre-se na superfície da pele e segue um curso em hélice ao atravessar a epiderme. Distribuem-se por toda superfície do corpo, exceto em alguns locais com lábios e genitália externa, e não estão associadas a folículos pilosos. 

Na porção glandular estão presentes 3 tipos de células: mioepiteliais, clara e escura. As células escuras são adjacentes ao lúmen e as claras ficam entre as células escuras e as mioepiteliais. O ápice das células escuras apresentam muitos grânulos de secreção contendo glicoproteínas, e o citoplasma rico em retículo endoplasmático rugoso. As células claras não contêm grânulos de secreção e são pobres em retículo endoplasmático rugoso, mas contém muitas mitocôndrias. 

O ducto da glândula sudorípara é constituído por epitélio cúbico estratificado. Suas células são menores e aparecem mais escuras que as células da porção secretora. 

Apócrina:  

São aquelas cujo produto de secreção é secretado juntamente com porções do citoplasma apical das células que as constituem. Encontram-se na axila, aréola e mamilo da glândula mamária, na região perineal, em associação com a genitália externa, glândula ceruminosa do canal auditivo e glândula de Moll das pálpebras. 

Desenvolvem-se a partir da mesma invaginação da epiderme que dá origem aos folículos pilosos acima da abertura das glândulas sebáceas. 

As glândulas sudoríparas são inervadas pela porção simpática do sistema nervoso autônomo (merócrinas respondem ao calor e pressão nervosa; apócrinas respondem a estímulos emocionais e sensoriais, mas não ao calor). 





Fontes: https://www.sanarmed.com/resumo-anatomia-da-pele-epiderme-derme-e-hipoderme-colunistas

https://bit.ly/3BAnhPw

https://bit.ly/3mH2hR7

https://bit.ly/3mMUhhm

https://www.todamateria.com.br/hipoderme/

https://bit.ly/3lueBEX

https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/pele-e-anexos/



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