segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Sistema Reprodutivo- Ovário


Região Medular e Cortical do Ovário 

No ovário identificamos duas porções distintas: a medula do ovário, que é constituída por tecido conjuntivo frouxo, rico em vasos sangüíneos, célula hilares (intersticiais), e a córtex do ovário, rica em folículos ovarianos, corpo lúteo e células intersticiais. Na região cortical predominam os folículos ovarianos, os quais são formados por ovócitos envolvidos por células epiteliais (células foliculares ou da granulosa). A superfície do ovário é revestida por um epitélio (de origem celomática) que varia do tipo pavimentoso ao cilíndrico simples (denominado impropriamente de epitélio germinativo).

Logo abaixo deste epitélio há uma camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea. O estroma do ovário, entre as estruturas medulares e corticais, possui algumas células fusiformes, denominadas de células intersticiais ou de Leydig. Estas últimas respondem aos estímulos das gonadotrofinas e produzem hormônios sexuais, principalmente androgênios. Na região cortical, dependendo da fase e da idade, podem-se identificar: foliculos ovarianos, corpo lúteo e corpos albicantes.

Imagem: Parte de um corte de ovário que mostra as regiões cortical e medular (Fotomicrografia. HE. Pequeno aumento). Fonte: L.C.JUNQUEIRA; CARNEIRO, José. Histologia Básica.

Folículo Ovariano

O ovócito fica contido numa vesícula denominada folículo ovariano. A formação do folículo se inicia com cerca de 18 semanas, perto da metade da vida . Inicialmente, o ovócito primário está envolvido por uma única camada de células epiteliais achatadas - folículo primordial - depois por uma camada de células cubóides ou colunares - folículo primário - a seguir por um epitélio estratificado - folículo secundário - e, finalmente, por células que delimitam uma cavidade cheia de líquido, o antro- folículo terciário ou vesicular.

Alguns dias após o cio, um novo folículo será escolhido (folículo dominante), o ovócito atinge a segunda divisão meiótica, aumenta rapidamente de tamanho mediante a produção de fluido intercelular, e atinge o estágio de folículo secundário e, posteriormente, de folículo terciário (folículo de De Graaf). A maioria dos folículos secundários e terciários regride formando folículos atrésicos.

O ovócito adquire uma cobertura chamada zona pelúcida, que é secretada tanto pelo ovócito, como pelas células foliculares. Envoltório transparente, acelular, glicoprotéica que age como barreira para os espermatozóides. Depois da fertilização, ela bloqueia a poliespermia e protege o embrião. Durante a formação do antro, as células foliculares se comprimem periféricamente e formam o estrato granuloso, em torno do qual o estroma ovariano se condensa formando uma camada glandular, a teca interna. O desenvolvimento folicular completo e a ovulação dependem do estímulo do ovário pelo hormônio FSH e LH, provenientes da hipófise.




Região Cortical Local onde ocorre a oogênese

Corte histológico de ovário, mostrando folículo primário (Aumento de 400x).


O corpo lúteo é uma estrutura que é formada nos ovários logo após a ovulação. Os ovários são duas estruturas arredondadas que ficam ao lado do útero e são responsáveis por liberar os óvulos durante o o ciclo menstrual. Todos os meses os ovários são estimulados durante o ciclo menstrual e um folículo amadurece, liberando um óvulo. O óvulo quando fecundado irá ser captado pelas trompas por onde seguirá até o útero para formar o embrião.


Células foliculares formam o corpo lúteo Se não houver fecundação - degenera

Tubas Uterinas

As tubas uterinas são também denominadas ovidutos, anteriormente conhecidas como trompas de Falópio, são dois tubos musculares de grande mobilidade, pertencentes ao sistema reprodutivo das fêmeas de mamíferos, são responsáveis por transportar o óvulo em direção ao útero. Uma de suas extremidades (o infundíbulo) abre-se na cavidade peritoneal próximo ao ovário e possui prolongamentos no formato de franjas, as chamadas fímbrias; a outra extremidade (intramural) atravessa a parede do útero e se abre no interior deste órgão. As tubas uterinas são divididas em três porções, denominadas de istmo, ampola e infundíbulo. No infundíbulo existem fimbrias que “abraçam” o ovário para pegar o ovócito. O encontro do espermatozoide com o ovócito ocorre na junção istmo ampola, onde ocorre a fertilização. A mucosa possui dobras longitudinais, que são numerosas na ampola e elas vão se tornando menores, quanto mais próximo ao útero, ela é constituído de epitélio cilíndrico simples com células secretoras e células ciliadas e uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo. A camada muscular é divida em interna (circular) e externa (longitudinal) e também tem tecido conjuntivo frouxo entre elas, e por ultimo uma camada de tecido conjuntivo e mesotélio, chamado de serosa. 


Tuba Uterina(Obj. 4-40x)

Quanto à histologia, o útero é revestido por três camadas de tecidos, denominadas de: perimétrio, miométrio e endométrio.

  • Perimétrio é a camada mais externa, constituída por tecido conjuntivo.
  • Miométrio é camada intermediária, constituída de musculatura lisa. O miométrio possibilita as contrações no momento do parto. Durante a gestação as fibras lisas aumentam de número e tamanho.
  • Endométrio é a camada mais interna formada de tecido epitelial altamente vascularizado. Ele reveste toda a cavidade uterina.

O endométrio é responsável por alojar o embrião na parede do útero e irá nutri-lo durante o início da gestação, até a formação da placenta

Fontes:

01: https://www.sanarmed.com/histologia-do-sistema-reprodutor-feminino

02:https://histologia.icb.ufg.br/repfem.html       

03: https://www.famema.br/ensino/embriologia/ovogeneseroteiro.php

04:https://morfologiavirtual.paginas.ufsc.br/sistema-genital-feminino/orgaos-internos/tuba-uterina/epitelio-da-tuba-uterina/

05:https://wp.ufpel.edu.br/historep/fotos-do-laminario-prova-pratica-2-veterinaria/

06:http://www.atlashistovet.uff.br/uterocopia.htm#

07:http://atlashistologia.fmv.ulisboa.pt/atlas/?p=fgenital&id=9

08: https://www.scielo.br/j/pvb/a/xZ5gnPcNGw48xNG688TsfjR/?lang=ptpt

09: http://www.eagaspar.com.br/mcguido/foliculogenese.htm

10: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-ovulacao.htm











 

 


terça-feira, 23 de novembro de 2021

HISTOLOGIA DO INTESTINO GROSSO E GLÂNDULAS TIREÓIDE, PARATIREÓIDE E ADRENAL

-Intestino grosso-

É constituído por: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide, reto e ânus, sendo este órgão bem adaptado para exercer as funções de: absorção de água, fermentação, formação da massa fecal e produção de muco. 

Sendo composto pelas túnicas: 

    -Mucosa, com epitélio cilíndrico simples. Possui mais células caliciformes que o intestino delgado e não apresenta vilos. Sua lâmina própria é de tecido conjuntivo com glândulas de Lieberkün

    -Muscular da mucosa – células musculares lisas

    -Submucosa de tecido conjuntivo, sem glândulas e com nódulos linfáticos

    -Túnica muscular que é tipicamente formada pelas duas camadas de tecido muscular liso, a circular interna e a longitudinal externa

    -A serosa, apresenta-se constituída por uma delicada camada de tecido conjuntivo frouxo recoberta por um mesotélio (epitélio simples pavimentoso).


Identificação das túnicas  em corte histológico do intestino grosso.

Mucosa (TM), submucosa ( TS), muscular externa (ME) e serosa

(SE) aumento 40x coloração HE


Fotomicrografia do epitélio simples colunar com microvilos (M) e células caliciformes
(seta) do intestino grosso. HE. Objetiva de 100x (1.373x)


 
Túnica mucosa do intestino grosso, com epitélio cilíndrico simples com borda estriada e células caliciformes, além dos nódulos linfáticos presente na túnica submucosa


Mucosa (Mu); submucosa (Sm) com nódulo linfático (NI); muscular interna (Mi); muscular externa
(Me). Serosa (Se) não preservada


-Tireoide-


Glândula constituída por células foliculares que se organizam formando uma vesícula ou folículo, daí a classificação como glândula endócrina vesiculosa ou folicular. Contém uma rica rede capilar sanguínea e linfática entre os folículos ou vesículas. Acumula sua secreção fora das células, ou seja, na luz dos folículos. A tireoide é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo, e suas vesículas são formadas por epitélio cuboide em uma só camada, limitando espaços esféricos cheios de substância gelatinosa, o chamado “coloide”. Histologicamente, compõe-se de células foliculares, localizadas em volta dos folículos e possuem núcleo esférico e central, podendo ser notadas algumas vesículas de pinocitose adjacentes ao epitélio; células parafoliculares, localizadas entre as células foliculares. Formam pequenos acúmulos isolados de células claras ricas em mitocôndrias. São mais acidófilas que as foliculares e secretam o hormônio calcitonina.


Corte de tireóide em aumento de 10x, corado por Azul de Toluidina. A seta aponta a

cápsula, constituída de tecido conjuntivo denso, que circunda o órgão. Os folículos

tireoideanos estão delimitados por círculos


Corte de tireóide em aumento de 40x, corado por Azul de Toluidina. Em 1 observam

-se os colóides dos folículos tireoideanos. As setas apontam as células cubóides que

formam o epitélio dos folículos


-Glândula  paratireoide-


O parênquima da paratireoide é formado por células epiteliais dispostas em cordões separados por capilares sanguíneos. Há dois tipos de células na paratireoide: as principais e as oxífilas. As células principais predominam amplamente sobre as outras, têm forma poligonal, núcleo vesicular e citoplasma fracamente acidófilo; essas células são secretoras do hormônio das paratireóides, o paratormônio.


Em aumento maior se observa-se as células principais da paratireóide, organizadas

em cordões, alguns dos quais destacados por traços. (Fotomicrografia. HE. Médio

aumento).


-Adenohipófise-


Adenohipófise, compreende o lobo anterior da hipófise e faz parte do sistema endócrino. É uma glândula formada por cordões epiteliais anastomosados e rodeados de uma rede de sinuosidades. De acordo com a afinidade aos corantes, a adenoipófise apresenta dois grupos celulares: cromófilas (com granulações coráveis) a as cromofóbicas (sem granulações coráveis). Atualmente são identificados, com o uso da microscopia eletrónica , cinco tipos celulares na sua estrutura: corticotrofos, gonadotrofos, somatotrofos, lactotrofos e tireotrofos.

    -Células Cromófobas: citoplasma não se cora por possuir granulações muito pequenas

    -Células Cromófilas: de acordo com a afinidade tintorial do conteúdo dos grânulos secretores podem ser ditas acidófilas ou basófilas.

As primeiras situadas mais perifericamente produzem somatotropina e prolactina. As basófilas são produtoras de corticotropina (ACTH), tireotropina (TSH) e gonadotropinas (FSH e LH).


Corte histológico da glândula hipófise


Imagem de corte histológico da glândula adenohipofise


-Adrenal (Glândula Endócrina Cordonal)-


As adrenais fazem parte do sistema endócrino e dividem-se em duas partes: córtex e medula. As glândulas adrenais são parcialmente controladas pelo cérebro. São duas glândulas achatadas com forma de meia-lua, cada uma situada sobre o pólo superior de cada rim e, por isso, também são chamadas de suprarrenais. Ao menor aumento observa-se de fora para dentro as seguintes estruturas: cápsula, camada cortical ou córtex da adrenal e a camada medular. A cápsula é constituída de tecido conjuntivo denso que envia septos delgados ao interior da glândula e a camada cortical localiza-se abaixo da cápsula e é constituída por três camadas: zona glomerulosa, zona fasciculada e zona reticulada. É formada por células cubóides que se dispõem em cordões paralelos entre si e perpendiculares à cápsula. A camada medular é composta de células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados arredondados, sustentados por uma rede de fibras reticulares. Além das células do parênquima, há células ganglionares parassimpáticas.


Lâmina histológica da adrenal (glândula endócrina cordornal)

Cápsula (Ca), Camada cortical (Cc), Camada medular (Cm)


Composição da camada cortical:


    -Zona glomerulosa (ZG): Está logo abaixo da cápsula e é composta de células piramidais ou colunares, organizadas em cordões que têm forma de arcos envolvidos por capilares sanguíneos 

    -Zona fasciculada (ZF): É formada por células cuboides que se dispõem em cordões paralelos entre si e perpendiculares à cápsula. Suas células contêm muitos lipídeos que nos preparados dissolvem-se dando um aspecto vacuolizado e, devido a tal fato, também são conhecidas como espongiócitos.

    -Zona reticulada (ZR): É a zona mais interna da região cortical, as células dispõem-se em cordões irregulares, formando um aspecto de rede, entremeados por capilares sinusóides. Essas células são menores do que das outras duas camadas, com menos gotas de lipídeo no citoplasma e são acidófilas pela abundância de lisossomas.


Lâmina histológica de glândula adrenal Cápsula (Ca)

zona glomerulosa (ZG), zona fasciculada (ZF), zona

reticulada (ZR), camada medular (CM)



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/adrenal/


https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-gl%C3%A2ndula-adrenal/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-as-gl%C3%A2ndulas-adrenais

https://wp.ufpel.edu.br/histologiaguiapratico/files/2018/11/Histologia.Sistemas_peq.pdf

https://professor.ufrgs.br/tatianamontanari/files/livrodehisto2016.pdf


https://histologia.icb.ufg.br/diges.html#j133


https://wp.ufpel.edu.br/histologiaguiapratico/files/2018/11/Livro_Histo.Sistemas.pdf


https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tireoide/


https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Maeli/Aulas_Bio/Aula_Sistema_endocrino.pdf


https://histologia.icb.ufg.br/endoc.html#_ 


https://medicina.ucpel.edu.br/atlas/sistemas/endocrino/ 


JUNQUEIRA, LC; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Sistema Digestório


Rúmen

Nos ruminantes, o estômago é composto de quatro compartimentos distintos estruturalmente. Os três primeiros são o rúmen, o retículo e o omaso, chamados genericamente de pré-estômagos, os quais estão revestidos por uma mucosa aglandular cujo epitélio é estratificado pavimentoso. O quarto compartimento, o abomaso, é a porção glandular similar ao estômago simples das outras espécies e por isso denominado "estômago verdadeiro". O rúmen tem uma constituição geral idêntica à dos outros compartimentos gástricos. A sua mucosa apresenta acidentes de estrutura, as papilas (P), revestidas por um epitélio estratificado pavimentoso. A separar a lâmina própria da submucosa, em lugar da muscularis mucosae, existe uma condensação de fibras conjuntivas (seta).

As principais funções ruminais são: proteção, metabolismo e absorção.

 

                                                      Imagem Rúmen - vitelo (Obj. 4x) H&E

 

Reticulo 

O retículo ocupa uma posição cranial e não completamente separado do rúmen. Logo, suas funções e motilidades estão muito ligadas às do rúmen. A abertura do esôfago no cárdia é comum ao retículo e ao rúmen. As paredes internas do retículo estão revestidas por uma membrana mucosa, disposta em inúmeras pregas (em forma de favos de mel). Semelhante ao rúmen, o órgão não secreta nenhuma enzima. Apresenta um movimento constante, em sintonia com do rúmen. Do retículo, o alimento passa para o rúmen (alimento ainda não totalmente degradado/fermentado) ou para o omaso (alimento fermentado) e deste, para o trato digestivo posterior (abomaso e intestinos).

O retículo é o principal órgão que participa do processo de ruminação, já que é o responsável pela contração que leva a regurgitação.




                                                      Imagem  Retículo - vitelo (Obj. 4x) H&E

O epitélio é pavimentoso estratificado queratinizado assemelhando-se ao do rúmen. A muscularis mucosae (Mm) forma uma banda isolada de tecido muscular liso que apenas ocorre na parte superior das pregas do retículo.

Omaso

O omaso localiza-se do lado direito do retículo-rúmen, apresentado um formato esférico. Contêm em seu interior muitas lâminas musculares, que lhe conferiram o nome popular de folhoso (folhas semelhantes às de um livro). Na mucosa destas lâminas formam-se papilas, mais curtas e menos numerosas, se comparadas com as do rúmen.


Suas principais funções estão ligadas a absorção de água, de minerais, de ácidos graxos voláteis e redução de partículas alimentares.

    

A mucosa que forra interiormente o omaso dos ruminantes apresenta numerosas pregas/lâminas (laminae omasi) longitudinais e que se posicionam umas contra as outras à semelhança das folhas de um livro. Tal como no rúmen e no retículo, o epitélio de revestimento do omaso é do tipo pavimentoso estratificado podendo apresentar-se queratinizado em alguns pontos. A muscularis mucosae (seta), que está ausente no rúmen, forma aqui uma espessa camada que corre no interior do tecido conjuntivo das pregas. As fibras lisas mais internas não pertencem, porém, à muscularis mucosae, sendo antes um prolongamento da muscular externa.

 Imagem do Omaso - vitelo (Obj. 4x), H&E

 

                                                     Lamina Omaso, H&E (Obj 40X) 

Intestino Delgado

A mucosa intestinal é caracterizada por apresentar vilosidades intestinais, que são projeções alongadas da mucosa em direção ao lúmen, e é revestida por um epitélio cilíndrico simples onde se observam as células absortivas, que são colunares altas, e células caliciformes, que possuem um formato mais oval. A lâmina própria é composta por tecido conjuntivo frouxo, onde se observa presença das glândulas tubulares simples denominadas criptas de Lieberkuhn. A mucosa é separada da submucosa pela camada muscular da mucosa, constituída por fibras musculares lisas. A submucosa é constituída de tecido conjuntivo denso e apresentam grupos de glândulas tubulares enoveladas ramificadas, as glândulas duodenais (glândulas de Brunner), cujas células secretam um muco alcalino. A camada muscular é bem desenvolvida e composta de uma camada circular interna e outra camada longitudinal externa de músculo liso. Revestindo externamente o órgão, há a membrana serosa, uma fina camada de tecido conjuntivo recoberta por um epitélio pavimentoso simples ou mesotélio.


Imagem do Intestino Delgado, Coloração E&H

Intestino delgado – jejuno-íleo. Coloração: hematoxilina e eosina. Vista panorâmica.




Corte de duodeno em aumento de 4x, corado por Azul de Toluidina. Em 1, observa-se a camada mucosa; em 2, a submucosa; e em 3, a camada muscular


Placa de Peyer, H&E, (Obj. 40x)

Intestino Delgado (Plexo mientérico) (Obj. 40x), H&E


Referências:

01:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fslideplayer.com.br%2Fslide%2F1352408%2F&psig=AOvVaw0i5ei5JhP5jwdNtOjbQiGB&ust=1637274354258000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCPif_oOroPQCFQAAAAAdAAAAABAD

02:http://atlashistologia.fmv.ulisboa.pt/atlas/?p=digestive&id=1

03:https://es.slideshare.net/richardchavez22/aparato-digestivo-y-sus-cortes-  histologicos-digestivo-i-i-u-v-s-de-jos-romero-profesor

05: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/intestino-delgado-2/

07:https://docplayer.com.br/7751333-Intestino-delgado-anatomia-histologia-e-fisiologia-academicas-beatriz-dantas-e-lucianna-ribeiro.html

08:https://mol.icb.usp.br/index.php/16-13-tubo-digestivo/

09: https://rehagro.com.br/blog/sistema-digestivo-dos-bovinos/

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 9 de novembro de 2021

HISTOLOGIA DO ESTÔMAGO

Estômago:

Em linhas gerais, o estômago é classificado como sendo a parte dilatada do tubo digestivo que inicia o fracionamento enzimático e hidrolítico do alimento até que este se torne um nutriente digestível.

O estômago é dividido em quatro camadas, sendo elas: Túnica mucosa, Submucosa, Muscular e Adventícia

Corte de estômago em aumento de 4x, corado por Azul de Toluidina. Em 1, observa-se a camada mucosa, composta pelo epitélio cilíndrico simples, lâmina própria e glândulas gástricas; em 2, a camada submucosa; em 3, a camada muscular, composta de músculo liso; e em 4, a camada serosa. A seta aponta a camada muscular da mucosa


Túnica mucosa

Epitélio colunar/cilíndrico simples mucoso e Fossetas Gástricas


Esse epitélio é responsável pela proteção da parede do estômago do suco gástrico, e também suas células são responsáveis pela adaptação do estômago quando há mudanças abruptas como o enchimento do estômago. A camada mucosa apresenta epitélio cilíndrico simples. No ápice da mucosa gástrica encontra-se as fossetas gástricas, responsáveis pela produção da lâmina mucosa protetora do estômago, a barreira gástrica e desembocando da base das fossetas, ainda constituinte da mucosa desse órgão estão as glândulas gástricas.

  

Tecido Epitelial Simples Cilíndrico, lâmina de estômago (região

fúndica); coloração H&E; menor aumento


 

Tecido Epitelial Simples Cilíndrico, lâmina de estômago (região

fúndica); coloração H&E; menor aumento




  

Estômago. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento pequeno


As Glândulas na túnica mucosa


Há 3 tipos de glândulas que são encontradas no estômago: Glândulas cárdicas, Glândulas gástricas própria (fúndica), Glândulas pilóricas, nomeadas de acordo com a região em que são encontradas. Essas glândulas produzem as enzimas digestivas e as secreções mucosas do estômago. As glândulas gástricas do fundo / corpo têm o importante papel de produzir suco gástrico digestivo, enquanto que as glândulas cárdicas e pilóricas produzem predominantemente secreções mucosas que protegem o estômago dos efeitos severos do ácido digestivo e previne a autodigestão do estômago.


Glândulas cárdicas:

 


     Mucosa do cárdia (F-fossetas gástricas; G- glândulas cárdicas, e MM- musculatura da mucosa)       
      Tricrômico de Masson. Objetiva de 10x



Glândulas gástricas própria (fúndica)


Coloração: hematoxilina e eosina


Glândulas pilóricas

Coloração: hematoxilina e eosina




Glândulas Gástricas Própria (fúndica)

O corpo e o fundo do estômago são semelhantes histologicamente, e as glândulas presentes nestes tecidos são denominadas gástricas ou fúndicas. Elas são glândulas tubulares ramificadas. Cerca de três a sete glândulas desembocam no fundo de cada fosseta. As glândulas apresentam as células-tronco, as células mucosas do colo, as células oxínticas (ou parietais), as células zimogênicas (ou principais) e as células enteroendócrinas.




 

  

As células mucosas possuem geralmente um formato cubóide ou colunar, seu núcleo é oval e encontra-se pressionado junto à base da célula. A célula mucosa melhor estudada é a célula caliciforme dos intestinos e trato respiratório. Esta célula possui numerosos grânulos de secreção, que se coram fracamente e contém muco.



 Células parietais (oxínticas) são células epiteliais do estômago que secretam ácido gástrico  e fator intrínseco. Suas características:

-Produção de fator intrínseco

-Secreção de ácido clorídrico (HCl)

-Grandes células redondas ou piramidais

-Altamente acidofílicas (coloração rosa)

-Núcleos arredondados centrais


 Células principais (zimogênicas) possuem características de células exportadoras. Seus grânulos de secreção possuem a enzima inativada pepsinogênio, que é precursora da pepsina. Suas características:

-Secreção de pepsinogênio e de lipase gástrica

-Encontradas nas regiões inferiores das glândulas gástricas

-Basofílicas (coloração azul).


  


Corte de estômago em aumento de 40x, corado por Azul de Toluidina. As setas pretas apontam as células zimogênicas, enquanto as setas laranjas indicam as células parietais.




Células enteroendócrinas são células epiteliais glandulares, parte do sistema endócrino e estão espalhadas pelo sistema digestivo. Secretam várias proteínas e peptídeos que controlam funções fisiológicas, principalmente regulando a digestão. São células individuais (não formam grupos)





Camada Mucosa

A camada mais interna da parede do estômago é a mucosa gástrica. É formada por uma camada de epitélio superficial e uma lâmina própria e muscular da mucosa subjacentes. O epitélio superficial é um epitélio cilíndrico (colunar) simples. Ele reveste o interior do estômago como células mucosas superficiais e forma numerosas invaginações minúsculas, ou fovéolas gástricas, que aparecem como milhões de buracos por todo o revestimento do estômago.



Camada Submucosa

Profundamente à mucosa encontra-se uma espessa camada de tecido conjuntivo, conhecida como submucosa gástrica. O seu arranjo significa que é resistente, mas flexível e móvel. Além da rica vascularização e linfáticos, essa camada também contém o plexo submucoso (de Meissner). As fibras nervosas deste plexo transportam inervação parassimpática para os vasos sanguíneos e para o músculo liso da parede do estômago. A estimulação parassimpática está associada às funções de "descanso e digestão" e, portanto, estimula a digestão.



Camada Muscular

A muscular externa gástrica, também conhecida como túnica muscular, consiste no músculo liso localizado profundamente à submucosa. É composta por 3 camadas: oblíqua interna, circular médio e longitudinal externa. A camada muscular externa produz movimentos de agitação necessários para a digestão mecânica. Quando essas camadas se contraem, elas formam rugas na mucosa e

submucosa.



Camada Serona

A serosa gástrica é a camada mais externa da parede do estômago. Consiste em uma camada de epitélio pavimentoso (escamoso) simples, conhecido como mesotélio, e uma fina camada de tecido conjuntivo subjacente. O mesotélio produz um fluido seroso, que lubrifica a parede externa do estômago e garante o seu movimento suave na cavidade abdominal.



Coloração: hematoxilina e eosina



Coloração: hematoxilina e eosina



Coloração: hematoxilina e eosina

Referências:


Histologia Interativa. Disponível em: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/sistema-digestorio/


Ross, H. M, Pawlina, W. (2011). Histology (6th ed.). Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins.


Mescher, A. L. (2013). Junquiera’s Basic Histology (13th ed.). New York, NY: McGraw-Hill Education.


Atlas de histologia UFG. Disponível em: https://histologia.icb.ufg.br/diges.html#_


Montanari, Tatiana. Histologia : texto, atlas e roteiro de aulas práticas [recurso eletrônico] / Tatiana Montanari. – 3. ed. – Porto Alegre: Edição da Autora, 2016. 229 p. : digital


https://www.sanarmed.com/resumo-anatomia-da-pele-epiderme-derme-e-hipoderme-colunistas


https://www.todamateria.com.br/hipoderme/


https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/pele-e-anexos/


https://histologia.icb.ufg.br/epite.html


https://editora.pucrs.br/edipucrs/acessolivre/livros/atlas-de-histologia/tecido-epitelial-simples.html


http://www.toledo.ufpr.br/portal/wp-content/uploads/2020/05/Est%C3%B4mago-c%C3%A1rdia.pdf



           

Sistema Hematopoiético

Medula Óssea A medula óssea é um órgão difuso, no entanto volumoso e muito ativo. É encontrada no canal medular dos ossos longos e nas cavid...